Quebra de tabu...

Dizem que tabus foram feitos para serem quebrados, e sexta, dia 18, estava marcado a quebra de mais um.

Sexta, dia 18 de julho de 2008. Na agenda de uma banda mais um show. Seria mais um show, se esse show não fosse em Itu e se essa banda não fosse o Porão 365.

Sou um admirador dessa banda desde 2002, quando conheci o CD "O Que Vem Depois da Cerca", um excelente trabalho e com uma música que tenho como uma das preferidas, "A Lenda I". De 2002 para cá essa banda teve vários processos de mudança, processos esses que definiram o rumo e a história dessa banda do interior paulista.

Em 2004 fui ver pela primeira vez uma apresentação ao vivo do Porão, apresentação essa na praça central de Porto Feliz. Fiquei boquiaberto com o que vi, uma banda bem montada com boa música e sonoridade. Do primeiro show pra cá procurei ir sempre que pude nos shows. Nesses quase 4 anos, desde o primeiro show, vi as mudanças e evoluções da banda. Vi a definição do grupo que se encontra até hoje. Vi crescer alguns trabalhos que muito orgulho de ter e ouvir.

Mas, nesse tempo todo que conheço a banda, uma coisa ainda faltava... Um show em Itu. Eu sempre senti essa falta e em conversas com eles eu também sentia neles a mesma coisa. Era sexta, dia 18 de julho, eu me preparava para vir embora do trabalho e contando as horas para ir ver essa data histórica para mim para com a banda. Eu vim no caminho de volta para a casa ouvindo e cantando as músicas do atual trabalho da banda.

Já passava das 22 horas do dia 18 quando eu cheguei ao local do show, eu estava ansioso à espera de vê-los no palco e fui recebendo os amigos para acompanhar o show. Já era quase 23:30 quando vejo cruzar a porta do local o Mateus, baterista do Porão. Ele vai até a metade do salão e volta. Depois é a vez de Alan, guitarrista fazer o mesmo roteiro. Um a um eu via essa grande banda cruzar por minha mesa, foi assim também com Cirè, vocalista e Tavares, baixista. Eu estava ali, vendo um a um passar com seus material de trabalho. A bateria, a guitarra, o baixo, o violão, o microfone. Já era mais de meia noite e meia quando eles enfim puderam começar a montá-los. Passava da 1 hora da manhã quando já se ouvia o esquentar da bateria.

Era 1 hora e 10 minutos da madrugada do dia 19 de julho de 2008, um sábado, quando enfim os primeiros acordes do baixo e da guitarra, as batidas da bateria e a voz rouca quebravam um tabu e faziam história com a música "My Sacrifice" do Creed. Foi lindo e emocionante vê-los tocar novamente depois de quase 19 meses sem comparecer a um show deles. Ver a banda cada vez melhor, mais integrada e focada. Sentir orgulho como se fosse um dos integrantes do grupo por cada elogio que ouvia e cada música que todos do local cantavam juntos com a banda. Foi maravilhoso ouvir Cazuza, R.E.M, Barão, Pearl Jam, Chico Science e muitos outros na voz de Ciré e nas batidas e acordes do Alan, Mateus e Tavares. Mas, acima de tudo, foi maravilho ver e ouvir Porão 365. Pois só Porão é diferente, só Porão... é Porão.

Valeu galera.
Everton Roberto Denuncio